Quebrando Paradigmas…
Hérnia de disco!!! Será que a dor vem realmente dela? Existe tratamento???
Mulher, 36 anos, bancária, com queixa de dor cervical, trapézio e escapula, todo o braço e antebraço esquerdo com dormência até no indicador da mão esquerda!
A dor iniciou há 2 meses, forte na frente do ombro depois de realizar exercícios de “burpee” , no qual pratica atividade física 3 x por semana há muito tempo… em seguida, começou a irradiar para a escápula. Mesmo com medicação, a dor à acordava de madrugada!
Desde quando a dor irradiou até a mão, a dormência no dedo indicador foi constante!
Na Escala Visual Analógica de Dor, (de 0 a 10), apresentava dor 3 na cervical e escapula sentada, no qual o movimento mais limitado e que aumentada a dor, era a Flexão, seguido da Rotação Esquerda e Inclinação Direita, tornando a dor muito forte!
Apresentada pouca perda de força se comparado com lado sem alteração, mas com presença de alteração de sensibilidade da em várias áreas do membro superior esq., principalmente no dermátomo de C6 (raiz nervosa cervical)!
Manobra de valsalva: negativo
Teste de Hoffmann e reflexos sem alterações!
Teste de Spurling (Jackson): POSITIVO já no início, e adicionando inclinação direita com piora, mas com TESTE DE DISTRAÇÃO SEM ALTERAÇÃO!!!
Teste de tensão neural no membro superior esquerdo, com dor e com muito mais limitação se comparado com o direito.
Toda a avaliação sugeria que estávamos realmente, na frente de um quadro de HÉRNIA DE DISCO, gerando uma cervicobraquialgia esquerda, que neste caso foi confirmado com uma EXTRUSÃO DISCAL POSTERO FORAMINAL ESQUERDA DO DISCO DE C6-C7, pela Ressonância Magnética!
Para iniciar o tratamento com base no SUBGRUPOS DE COLUNA (TBC – USA), testamos exercício de preferência direcional, no qual demos continuidade com o MDT – MÉTODO DE DIAGNÓSTICO E TERAPIA MECÂNICA (McKenzie).
Orientamos que fizesse uma pequena série de exercícios, no qual testamos na sua primeira sessão, mas que tinha que ser feita de 2 em 2 horas, todos os dias…
Nos dois primeiros dias, a dor oscilou chegando até a piorar, já no terceiro dia aliviou muito… mas no fim de semana, após ir a um casamento, ( e não fez os exercícios), os sintomas retornaram para o braço, forte!. Porém no domingo, ao retomar os exercícios corretamente, já passou horas SEM DOR!!!
Na segunda sessão, apesar de melhoras momentâneas, a dor ainda oscilava muito… testamos outros exercícios e começamos a fazê-los deitada, ai então a melhora foi mais consistente e começou também a diminuir a dormência no dedo indicador…
Na quarta sessão (1 x por semana) estava realizando os exercícios 4 a 5 x por dia, a dor já estava 95% melhor e a dormência no indicador já tinha reduzido 80%
Na sexta sessão, a paciente voltou a fazer musculação não sentiu exatamente nada…
Foi orientado a manutenção dos exercícios (que estavam sendo realizados para o tratamento e que NÃO ERA NENHUM TIPO DE FORTALECIMENTO, E SIM UMA DESOBSTRUÇÃO PARA GANHO DE MOBILIDADE e DIMNINUIÇÃO ou ABOLIÇÃO DA DOR) e na sequência a diminuição dos mesmos, e a continuidade com exercício físico, com Educador Físico!
Este caso, REPRESENTA A MINORIA, mas existe, onde a dor realmente era de origem discogênica, e como na maioria, NÃO PRECISA DE INTERVENÇÃO CIRURGICA, pois o tratamento conservador com fisioterapia ESPECIALIZADA, tem resposta efetiva, segura a duradoura!!!
Temos que ter prognóstico planejado, e se não responder como deveria, é fundamental uma reavaliação !!!
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